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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Masturbação - o Vício Solitário


Discutido desde os tempos mais remotos, o tema Masturbação ainda hoje continua carregado de incógnitas e cercado de tabus. Etimologicamente, masturbação é entendida como: profanar com as mãos ou poluir com as mãos. Vem do latim manus (mão) e stupro (perverter/profanar). O ato se refere quando o individuo dá prazer de cunho sexual a si mesmo através da manipulação dos genitais (ou com o uso de objetos). Vale a pena diferenciar 3 tipos de Masturbação: Infantil, a Dois, Auto-erotismo.
Masturbação Infantil

Considera-se Masturbação Infantil o fato de crianças ainda pequenas manipularem seus genitais. Neste caso a situação decorre da necessidade de descoberta natural do próprio corpo pelas crianças. As crianças desenvolvem atividades masturbatórias pelo simples fato de sentirem prazer, não estando ligada à fantasia sexual como no caso do adolescente e do adulto[1]. A partir das contribuições freudianas a sexualidade infantil passou a ser tema incontestável. A auto-descoberta deve ser trabalhada pelos pais como uma fase normal do crescimento da criança na formação de sua Identidade. Os órgãos genitais devem ser apresentados, devendo as orientações estar ausentes de imposições restritivas culposas ou do uso de termos depreciativos. Ao mesmo tempo os pais devem estar atentos para que o prazer advindos desta manipulação não se fixe de maneira exagerada.

Masturbação a Dois

A manipulação dos órgãos genitais num relacionamento a dois é erroneamente chamada de masturbação, no entendimento que queremos dar neste artigo. Pode fazer parte das atividades preliminares, sendo um momento especial de afeto e preparo para a o ato sexual propriamente dito. Também chamada de hetero-masturbação, em que o (a) parceiro (a) estimula o outro com as mãos ou objetos, com o intuito de dar-lhe satisfação sexual. Existe ainda a masturbação simultânea ou mútua, em que os parceiros se satisfazem ao mesmo tempo, usando as mãos ou objetos, e a masturbação com penetração simultânea. Em qualquer dos casos o objetivo geralmente é de dar maior prazer ao relacionamento sexual e obtenção de orgasmo. [2]

Auto-Erotismo

Comumente, usa-se o termo masturbação para o sexo solitário, quando o individuo através da manipulação de seus órgãos genitais (ou uso de objetos) busca o prazer e o orgasmo. Sobre esta prática nos deteremos mais.

Masturbação na História

Em algumas civilizações da Antiguidade a masturbação era permitida como forma de obtenção de prazer. Entre os gregos e os romanos tal ato era reprovado, especialmente entre os mais jovens, pois se considerava como prejudicial o desperdício de energia vital. Na Mesopotâmia era considerado ritual “impuro”. Na Idade Média, filósofos e médicos reprovavam a masturbação. A Santa Inquisição considerou heresia tal prática, e o infrator era tido como possuído por dois demônios “Incubus” e “Súcubus”. A masturbação os alimentava e permitia que estes se reproduzissem. O infrator poderia pagar com a própria vida. Além disso, relacionavam a prática ao pecado de Onã, castigado com a morte pelo próprio Deus. Daí o termo Onanismo ser confundido com masturbação.

No século XVIII, Simon André Tissot (médico suíço) através do que se conhece como “Teoria da degeneração sexual”, tendo em vista a dificuldade no diagnóstico de algumas doenças referiu-se a masturbação como sendo a causa de toda o problema. “A doença mental era especialmente intrigante para Tissot, o comportamento incomum ou inexplicável da doença mental “parecia” semelhante ao de machos desvirilizados e ele englobou tudo isso na categoria da degeneração: sendo um degenerado uma pessoa má, nociva ou moralmente corrupta”[3]. Devido aos esforços diligentes de Tissot, sua teoria tornou-se aceita no mundo médico. Em 1758, ele convenceu os pensadores médicos de sua época de que a perda do fluido seminal vital era responsável pela doença tanto física quanto mental. Vale a pena ressaltar que Tissot baseou suas observações em situações de efeitos da castração, e não conhecia o hormônio Testosterona. Sua influência difundiu-se no mundo, persistindo ainda até os nossos dias.

Nos Estados Unidos teve dois defensores importantes: o reverendo Sylvester Grahan, que acreditava que dieta, boa forma física e abstinência seriam a defesa contra a tentação viciosa da masturbação; e John Harvey Kellog. Grahan desenvolveu uma “bolacha saudável” que supostamente reduziria as necessidades carnais. Já Kellog, médico, de Battle Creek Sanitariun, seguidor mais ardoroso de Grahan. Criou uma dieta saudável para o tratamento da insanidade. Processava cereais e nozes, e afirmava que ao ingeri-los no lugar de carne “reduziria os desejos da outra carne”. J. Money , em seu livro “Lovemaps” escreve que Kellog foi um ardoroso advogado antimasturbatório da degeneração. Para os casos intratáveis, no caso de meninos aconselhava costurar a pele do prepúcio com fio de prata, ou em caso extremo a circuncisão sem anestesia. Para as meninas recomendava que o clitóris fosse queimado com fenol. Em alguns lugares praticava-se a infibulação (costura dos lábios vaginais). Mesmo com o avanço da medicina através de Louis Pasteur e Robert Koch, muitas idéias antigas se mantiveram vivas.

Na Inglaterra as idéias de Tissot tiveram como aliados o casal Baden Powell, criadores do Movimento Escoteiro Mundial. Os escoteiros surgiram como forma de combater a masturbação entre adolescentes e jovens através de um programa de incentivo as práticas sociais, valorização da moralidade e incremento do desenvolvimento físico.

Fábulas e Crendices em torno da Masturbação

Dentre os diversos mitos criados em torno do tema masturbação, e que de certo modo ainda persistem, estão os de que provoca espinhas no corpo, faz crescer pêlos nas mãos, causa emagrecimento, aumenta os seios masculinos, ocasiona tuberculose, impotência sexual e loucura.


Afinal, Masturbação: SIM ou NÃO?

Os defensores da prática masturbatória alegam que esta faz parte do desenvolvimento sexual natural do indivíduo. Munjack defende que a masturbaçãso traria vários benefícios, entre eles: um treinamento para um melhor orgasmo, aumento do conhecimento sobre as partes mais sensíveis sexualmente, aumento da vascularização pélvica, experiência de novas fantasias, descontraimento e brincadeira, etc... Contestado por outros autores, como Stekel[4], que em seus estudos observou que a reação masturbatória está muitas vezes ligada a reações neuróticas de descarga energética, e possibilidade de ocorrer uma “dependência química” uma vez que o ato se estabeleça com regularidade, incluindo aí as crises de abstinência. Segundo este autor ainda existiria uma relação íntima entre masturbação, perversões e desvios sexuais (sadismo, masoquismo, fetichismo, pedofilia, homossexualismo), além da mente ser estimulada cada vez mais a fantasias mais lascivas.

Uso na Terapia Sexual

Em alguns casos de atendimento de casais em Terapia Sexual faz-se necessário a utilização de atividades masturbatórias. Usado como técnica nos casos de controle da ejaculação precoce e ejaculação retardada. Nos casos de mulheres anorgásmicas primárias exercícios graduais de toque e estimulação são implantados como mecanismo de desenvolvimento da sensibilidade sexual.

A Lógica do Prazer Sexual segundo a Bíblia

Segundo o Gênesis o surgimento da Sexualidade se dá junto com a Conjugalidade, ou seja, no momento em que Deus institui o primeiro casamento entre Adão e Eva. A Sexualidade surge como ingrediente fundamental na coesão e conhecimento mútuo do casal. Surge como energia e força mobilizadora de união e identificação. Existe toda uma química favorável a esse encontro, e seu despertamento deveria se dar em função do outro. “Isso significa que Deus planejou o aspecto físico do ato sexual como parte da intimidade total do coração e da mente, que é o casamento.” [5] No ato masturbatório o indivíduo deixa de ter a premissa básica – o outro. Desta forma, contrariando o princípio bíblico, a masturbação decorre de desejos egocêntricos. De fato, alguns indivíduos dados à masturbação têm sérias dificuldades de relacionarem-se com o sexo oposto, dificuldades de controlar os impulsos sexuais necessitando desta prática como alivio a tensão sexual.

Outra forma de vermos a questão se dá no plano mental específico – o da fantasia. Para que o individuo consiga estimular-se manualmente e chegar ao gozo é fundamental que recorra a fantasias (cenas, imagens, sons) que lhe introduzam no clima sexual, sem o qual não chegará ao ápice. Podemos facilmente entender essa lógica, imaginando alguém (normal) se masturbando e cantando um hino religioso (se isso for possível), se conseguirá se satisfazer sexualmente ou não? Muito provavelmente não. O ensino bíblico deixa claro que o pecado contra o sétimo mandamento (“não adulterarás”) se dá inicialmente na mente, com a cobiça do (a) outro (a) que lhe não pertence. Na maioria dos casos a masturbação executa este papel. O problema não está na fantasia, no ato sexual entre duas pessoas a fantasia deve estar presente, a questão é que mais uma vez o outro não existe.

Citações de EG White sobre a Masturbação

"Algumas crianças começam a prática da masturbação na infância; e ao avançarem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com a sua força. Não têm mente tranqüila. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito da masturbação degradou-lhes a mente e manchou-lhes a alma." Testimonies, vol. 2, pág. 481.

"O efeito de tão degradantes hábitos não é o mesmo em todas as mentes. Existem crianças que têm as faculdades morais muito desenvolvidas e que, associando-se com crianças que praticam a masturbação, tornam-se iniciadas no vício. Sobre esses, o efeito será freqüentemente torná-los melancólicos, irritadiços e desconfiados; esses, entretanto, podem não perder o respeito pelo culto religioso, e talvez não demonstrem especial deslealdade com respeito às coisas espirituais. Por vezes sofrerão intensamente com sentimentos de remorso, julgando-se degradados aos próprios olhos, perdendo seu respeito próprio." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

"Nas pessoas viciadas no hábito da masturbação é impossível despertar-lhes as sensibilidades morais para apreciarem as coisas eternas, ou deleitar-se em exercícios espirituais. Pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação e fascinam a mente, e segue-se um quase incontrolável desejo para a prática de atos impuros. Se a mente fosse educada a contemplar assuntos elevados, a imaginação ensinada a refletir sobre coisas puras e santas, ela seria fortalecida contra esse vício terrível, degradante, destruidor do espírito e do corpo. Seria, pela disciplina, acostumada a demorar-se nas coisas elevadas, celestiais, puras e sagradas, e não poderia ser atraída para esse vício torpe, corrupto e vil." Testimonies, vol. 2, pág. 470.

"Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado da masturbação e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado." Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 257.

"A masturbação destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso, e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

Concluindo...

Vivemos num mundo em que a Individualidade e o Individualismo são exaltados nos quatro cantos. A mídia direta ou indiretamente reforça o direito individual sobre o coletivo, o melhor exemplo disso é a internet que hoje cria situações virtuais de interação onde os atores relacionam-se com personagens fictícios. A exaltação descomedida do prazer pelo prazer invade todos os recantos da sociedade. Neste contexto a discussão sobre a masturbação se estabelece bem maior que o ato em si, e sim num contexto em que as variáveis como autruismo, cooperação, temperança e mutualidade se contrapõem ao egoísmo, hedonismo e competitividade.


MAURO MUNIZ: A masturbação  é um vício que acomete pessoas com mente vasia de DEUS e extremamente desocupadas aconselho aos viciados em masturbação lembrar que querem parar com essa prática buscar ajuda na bíblia buscando nela todos os assuntos relacionados a prostituição,adultério,concupiciencia,fornicação,desejos sexuais, prefira a bíblia na linguagem de hoje.

[1] ALENCAR, CML de . Masturbação: Pecado, hábito ou necessidade, Revista Terapia Sexual, vol III, , Ed. Iglu, SP, 2000
[2] idem
[3] idem
[4] Stekel, W. Onanismo y homosexualidad, Ed. Iman, Buenos Aires, 1979
[5] WADE, L. Os Dez Mandamentos, CASA, Tatuí, 2006 p.65

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